Na sequência do
seguimento das visitas domiciliárias do projecto Viva Idosos, iniciativa do
Movimento Jovem pela Paz, financiada pelo Ministério da Família e Inclusão
Social, idosos do bairro de São Filipe na cidade da Praia receberam neste
sábado a visita da equipa do projecto. O objectivo das abordagens foi a avaliação
física, psicológica dos beneficiários e para além da entrega de materiais de protecção,
mascaras e álcool gel, inteirar-se das reais necessidades dos beneficiários.
A segunda fase do projecto financiado em mil contos pelo
Ministério da Família e Inclusão Social arrancou no dia 13 de Junho com visitas
domiciliárias numa primeira abordagem.
Depois dos bairros de Safende e Ponta d´Água foi a vez de São
Filipe. Durante este período foi possível visitar dezoito dos mais de cinquenta
idosos abrangidos pelo projecto Viva Idosos, iniciativa do Movimento Jovens
pela Paz.
Segundo a enfermeira Sara Semedo, para além da rotina de
avaliação de Enfermagem holística dos idosos, foi possível constatar em alguns
dos visitados, alteração no padrão respiratório caraterizado pela respiração
rápida e pressão arterial, sendo estes os parâmetros mais elevados,
justificados pela ansiedade, medo de contrair coronavírus e de
"morte" a isso associado em algumas delas apresentações de sinais clássicos
de um AVC/trombose: -Dificuldade na fala; -Dificuldade de levantar o braço;-
dor/tensão muscular na nuca/pescoço.
Foi ainda possível constatar a preocupação de algumas idosas
com relação a perda de entes queridos e processo de luto e aceitação, onde as
lembranças se mostraram mais acentuadas pelo "resgate ao passado"
provavelmente, nesse tempo de covid-19 em que estamos a viver e para estas que se
vêm ainda confinadas dentro de casa.
Neste sentido, a enfermeira Sara e a psicóloga Vitória encarregaram
de falar e orientá-las com algumas estratégias de forma a ajudá-las no alívio da
dor e afastar a tristeza.
Por outro lado, na sequência da visita deparou-se com uma das
beneficiárias sob efeito de álcool com alteração na aparência, comportamento e equilíbrio,
o que veio despertar ainda mais na equipa a necessidade de uma intervenção mais
próxima e centrada junto dos familiares para além de uma comunicação mais
centrada no incentivo e valorização da pessoa idosa.
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