Nunca nos devemos resignar à guerra! E não podemos ficar indiferentes perante os que sofrem pela guerra e pela violência. É por isso que eu escolhi como tema do próximo Dia Mundial da Paz: "Vença a indiferença e conquiste a paz".
Mas a violência é também levantar muros e barreiras para bloquear aqueles que procuram um lugar de paz. É violência empurrar para trás quem foge de condições desumanas na esperança de um futuro melhor. É violência descartar crianças e idosos da sociedade e da própria vida! É violência aumentar a distância entre os que desperdiçam o supérfluo e aqueles que não têm o necessário!
Neste nosso mundo, a fé em Deus faz-nos acreditar e faz-nos gritar em voz alta que a paz é possível.
É a fé que nos leva a confiar em Deus e a não nos resignarmos à obra do mal. Como crentes, somos chamados a redescobrir a vocação universal para a paz colocada no coração das nossas diferentes tradições religiosas, e de a propor de novo com coragem aos homens e às mulheres do nosso tempo. E reitero o que disse sobre isso sempre em Tirana falando aos líderes religiosos: "A religião autêntica é fonte de paz e não de violência. Ninguém pode usar o nome de Deus, para cometer violência. Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio. Discriminar em nome de Deus é desumano" (Discurso no Encontro inter-religioso).
Queridos amigos, argumentar que a paz é sempre possível não é uma declaração ingênua, mas expressa a nossa crença de que nada é impossível para Deus. É claro, é-nos pedido um envolvimento quer pessoal quer das nossas comunidades para o grande trabalho da paz. Possa da terra da Albânia, terra de mártires, partir uma nova profecia de paz. Junto-me com todos vós para que, na variedade das tradições religiosas, possamos continuar a viver a paixão comum para o crescimento da coexistência pacífica entre todos os povos da terra.
Mensagem na integra!
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