Dona Júlia mora na zona de Safende onde afixou residência há longos anos. Casou-se aos 18 anos e desse casamento nasceu nove filhos formando uma linda família que orgulhosamente diz ter muita sorte de fazer parte.
Recorda que ainda muito jovem e antes de se casar trabalhou no carregamento de massa e pedras para construção de estrada. Depois de estudar bastante trabalhou como professora de onde veio tantas memórias e aprendizado, assume sorrindo.
Muito devota, esta legionária que diz gostar das actividades desenvolvidas pelo grupo de legionários, considera que o espírito de partilha é o que mais desperta sua atenção.
Questionada sobre o que poderia ser feito para melhorar as condições de vida dos idosos, Júlia responde espontaneamente que o fim da pandemia da covid 19 seria algo que a alegrava e facilitava bastante a vida, tudo isso para poder retomar as actividades normalmente.
A mesma aproveita o momento e deixa um apelo aos jovens e a sociedade a se prevenir e seguir categoricamente todas as normas sanitárias de proteção.
O que mais marcou a vida desta ex professora foi um dia ter conseguido com a sua experiência, aconselhar um casal que se encontrava em “desavença” e por causa disso se terem reconciliado e transformado num exemplo para outros casais. Júlia que se vê como uma verdadeira conselheira, acrescenta que sempre que poder aconselha os jovens a seguirem o caminho do bem.
Esta mulher que um dia ensinou os mais pequenos pede que os jovens respeitem mais as pessoas idosas e que cuidem deles com mais amor.
Júlia, mulher extrovertida diz apreciar as músicas de Cesária Évora, mornas, coladeiras “música mansa, alegre, que faz bem ao coração”.
O que mais preocupa dona Júlia é a desobediência e violência na vizinhança, por isso nas suas orações estas preocupações estão sempre presentes.
Por Cláudia Santos
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