O mundo está ainda a aprender a lidar com a covid-19 e com o vírus que a causa, o SARS-Cov-2, que já causou 3.319.512 mortos e infectou 1589.593. 520 pessoas desde do princípio da crise sanitária.
Além disso, as pessoas com problemas de saúde pré-existentes (como doenças cardiovasculares, doença respiratória crónica, hipertensão, diabetes ou aqueles com mais de 60 anos e com algumas doenças crónicas subjacentes como é o caso de maior parte dos integrantes do projecto) também são mais vulneráveis à covid-19.
Sabe-se também que este grupo tem um elevado risco de contrair formas graves da doença . E é precisamente por isto que a terceira idade deve ser protegida ao máximo durante a pandemia.
A idade é um dos principais factores de risco, onde os idosos aparentam desenvolver uma forma mais grave da doença, daí a importância das visitas domiciliárias e das informações que tem vindo a ser realizadas pela equipa.
Neste sentido as abordagens tem sido baseadas essencialmente em avaliações físicas de sintomas respiratórios.
Até o momento, apenas dois dos 58 idosos integrantes do projectos testaram positivo ao coronavirus e 13 já foram imunizados contra a doença, entretanto o objectivo é alcançar a maior parte.
Com base em informações transmitidas pela enfermeira Sara Semedo e pela psicóloga Vitória Monteiro na sequência das visitas domiciliárias realizadas pelo Viva Idosos aos idosos integrantes do projecto reuniu-se algumas respostas para ajudar a esclarecer idosos, familiares, amigos em tempo de pandemia.
Os sintomas mais comuns da covid-19 são a febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar sinais e sintomas idênticos aos da gripe sazonal, tais como dores corporais, congestão e corrimento nasal, garganta inflamada e diarreia, sintomas que costumam ser ligeiros e começam gradualmente.
Cerca de uma em cada seis pessoas que contrai covid-19 fica bastante doente e desenvolve problemas respiratórios graves. Os mais velhos ou pessoas com outros problemas de saúde estão mais propensos a desenvolver doença grave.
Porque é que os mais velhos têm mais risco no caso de infecção?
Deve-se ao facto de os idosos terem um sistema imunitário mais vulnerável, que faz com que estejam mais expostos e tenham mais propensão para desenvolver a doença, explicou a enfermeira Sara Semedo.
A taxa de letalidade é mais alta nos idosos?
Sim, é mais alta para as pessoas acima dos 70 anos, além disso, a covid-19 é particularmente perigosa para as pessoas idosas com outras patologias associadas, como doença cardiovascular, diabetes e doença respiratória crónica.
Por isso é importante ter muita cautela com os idosos e particularmente nesta altura que a situação é “complicada”, refere o profissional de saúde.
Como pode a covid 19 afectar os idosos de forma psicológica?
Em meio à pandemia que enfrentamos, o isolamento social é um dos recursos vitais tanto para reduzir o ritmo de propagação do novo coronavírus em nossa sociedade como para resguardar a população idosa, que está no grupo considerado de maior risco, ressaltou a psicóloga Vitória Monteiro.
Enquanto esperamos que a vacina chega a toda a população, ficar em casa, lavar higienizar as mãos e manter o distanciamento social tornou-se a nossa maior barreira protectora.
Porém a medida pode gerar uma avalanche de emoções nos idosos, o que é capaz de colocar em risco sua saúde mental, dai a preocupação em todas as visitas domiciliárias avaliar o estado psíquico dos idosos.
Situações como quarentenas tendem a despertar sentimentos como solidão, stress, ansiedade, tristeza e depressão, adiantou a psicóloga.
Por Cláudia Santos
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