quarta-feira, 12 de maio de 2021

Cuidados com os idosos fazem parte da promoção da vida humana digna em sua plenitude


Um dos objectivos primordiais do projecto Viva os Idosos é trabalhar na promoção de uma vida digna e saudável dos idosos e foi com este propósito que a equipa se deslocou esta quarta-feira, 12 a zona de Ponta d´ Agua onde procedeu a visita domiciliária a alguns beneficiários para tomar pulso da situação dos mesmos e constatar “in loco” como estão a lidar com a pandemia da Covid 19, para além de oferecer máscaras e álcool gel, informações e orientações úteis.

O mundo está ainda a aprender a lidar com a covid-19 e com o vírus que a causa, o SARS-Cov-2, que já causou 3.319.512 mortos e infectou 1589.593. 520 pessoas desde do princípio da crise sanitária.

Além disso, as pessoas com problemas de saúde pré-existentes (como doenças cardiovasculares, doença respiratória crónica, hipertensão, diabetes ou aqueles com mais de 60 anos e com algumas doenças crónicas subjacentes como é o caso de maior parte dos integrantes do projecto) também são mais vulneráveis à covid-19.

Sabe-se também que este grupo tem um elevado risco de contrair formas graves da doença . E é precisamente por isto que a terceira idade deve ser protegida ao máximo durante a pandemia. 

A idade é um dos principais factores de risco, onde os idosos aparentam desenvolver uma forma mais grave da doença, daí a importância das visitas domiciliárias e das informações que tem vindo a ser realizadas pela equipa. 

Neste sentido as abordagens tem sido baseadas essencialmente em avaliações físicas de sintomas respiratórios.

Até o momento, apenas dois dos 58 idosos integrantes do projectos testaram positivo ao coronavirus e 13 já foram imunizados contra a doença, entretanto o objectivo é alcançar a maior parte.

Com base em informações transmitidas pela enfermeira Sara Semedo e pela psicóloga Vitória Monteiro na sequência das visitas domiciliárias realizadas pelo Viva Idosos aos idosos integrantes do projecto reuniu-se algumas respostas para ajudar a esclarecer idosos, familiares, amigos em tempo de pandemia.

Os sintomas mais comuns da covid-19 são a febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar sinais e sintomas idênticos aos da gripe sazonal, tais como dores corporais, congestão e corrimento nasal, garganta inflamada e diarreia, sintomas que costumam ser ligeiros e começam gradualmente. 

Cerca de uma em cada seis pessoas que contrai covid-19 fica bastante doente e desenvolve problemas respiratórios graves. Os mais velhos ou pessoas com outros problemas de saúde estão mais propensos a desenvolver doença grave.

Porque é que os mais velhos têm mais risco no caso de infecção?

Deve-se ao facto de os idosos terem um sistema imunitário mais vulnerável, que faz com que estejam mais expostos e tenham mais propensão para desenvolver a doença, explicou a enfermeira Sara Semedo.

A taxa de letalidade é mais alta nos idosos?

Sim, é mais alta para as pessoas acima dos 70 anos, além disso, a covid-19 é particularmente perigosa para as pessoas idosas com outras patologias associadas, como doença cardiovascular, diabetes e doença respiratória crónica. 

Por isso é importante ter muita cautela com os idosos e particularmente nesta altura que a situação é “complicada”, refere o profissional de saúde.

Como pode a covid 19 afectar os idosos de forma psicológica?

Em meio à pandemia que enfrentamos, o isolamento social é um dos recursos vitais tanto para reduzir o ritmo de propagação do novo coronavírus em nossa sociedade como para resguardar a população idosa, que está no grupo considerado de maior risco, ressaltou a psicóloga Vitória Monteiro.

Enquanto esperamos que a vacina chega a toda a população, ficar em casa, lavar higienizar as mãos e manter o distanciamento social tornou-se a nossa maior barreira protectora.

Porém a medida pode gerar uma avalanche de emoções nos idosos, o que é capaz de colocar em risco sua saúde mental, dai a preocupação em todas as visitas domiciliárias avaliar o estado psíquico dos idosos.

Situações como quarentenas tendem a despertar sentimentos como solidão, stress, ansiedade, tristeza e depressão, adiantou a psicóloga.

Por Cláudia Santos


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