quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Um olhar sobre a velhice

 Delimitar velhice através de conceituações não é algo fácil, pois requer um conhecimento amplo de como os idosos estão inseridos no processo de construção social. A velhice, do ponto de vista biológico, é percebida como um desgaste natural das estruturas orgânicas que, com isso, passam por transformações com o progredir da idade, prevalecendo os processos degenerativos.

Tentar definir velhice usando apenas a visão biológica é cair num erro de demarcação meramente cronológica, tratando-se a população idosa de forma homogênea, não levando em consideração aspectos importantes do contexto sociocultural em que os idosos estão inseridos.

Uchôa et al.14(2002) que o envelhecimento é vivido de modo diferente de um indivíduo para o outro, de uma geração para outra e de uma sociedade para outra. Segundo Debert8 (1999), a velhice foi tratada a partir da segunda metade do século XIX como uma etapa da vida caracterizada pela decadência e pela ausência de papéis sociais.

No imaginário social, o envelhecer está associado com o fim de uma etapa; é sinônimo de sofrimento, solidão, doença e morte. Dificilmente neste imaginário se vê algum prazer de viver essa fase da vida. O negativismo em torno do processo de envelhecimento foi construído historicamente na sociedade. Segundo Scott13 (2002), a sociedade constrói diferentes práticas e representações sobre a velhice. Afirmam Heck & Langdon9(2002) que o processo do envelhecimento apresenta variações construídas socialmente nos diferentes grupos sociais, de acordo com a visão de mundo compartilhada em práticas, crenças e valores.

Para tentar definir velhice, é importante a contribuição de outras áreas do conhecimento, que levem em consideração as diferenças socioculturais em que os idosos vivem. Segundo Minayo e Coimbra Jr 11(2002), existe uma necessidade de desnaturalizar o fenômeno da velhice e considerá-la uma categoria social e culturalmente construída.

Recentemente, a visão sobre a velhice como fator orgânico foi perdendo força, e a velhice e o envelhecimento passaram a constituir objetos de reflexão da antropologia. A abordagem antropológica
sobre a velhice visa a transcender particularismos culturais e encontrar alguns traços comuns do fenômeno que poderiam ser considerados universais. Segundo Uchôa et al.14 (2002), a antropologia deve interrogar sobre o papel de fatos socioculturais mais gerais na construção de uma representação da velhice arraigada nas idéias de deterioração e perda.

Muitos estudos mostram que a velhice é tratada como um problema social (político e/ou de saúde). Afirmam Minayo e Coimbra Jr11 (2002) que no imaginário social a velhice sempre foi pensada como uma carga econômica, tanto para a família quanto para a sociedade, e como uma ameaça à mudança. Esta noção tem levado a sociedade a negar a seus idosos o direito de decidir o próprio destino. O que é uma exceção quando se fala do papel de respeito que o pajé tem em sua comunidade, bem como o idoso poderoso e rico na nossa sociedade.

A representação que os outros têm da velhice, como perda da autonomia, leva a um estigma de que o idoso é um problema social. O olhar do outro em relação à velhice é um olhar estigmatizado e negativizado. Mas será que esses idosos se vêem como um problema? O que eles pensam a respeito da estigmatização que lhe é imposta? Segundo Minayo e Coimbra Jr.11(2002), a visão depreciativa dos idosos tem sido alimentada pela ideologia produtivista que sustentou a sociedade capitalista industrial, na qual predomina a visão que se uma pessoa não é capaz de trabalhar e ter renda própria, não serve para uma comunidade ou país.

Tratar o envelhecimento como um problema social é um profundo desrespeito com aqueles que construíram e sustentaram uma sociedade, com seu poder de decisão e autonomia. E hoje, mesmo não querendo delegar seu direito de decisão a outros, suas opiniões são descartadas e eles são tratados como um encargo para a sociedade.

Fonte : SciELO Press Releases

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Iniciativa Viva Idosos comemora Dia Internacional do Idosos com roda de conversa


A propósito do Dia Internacional do Idoso, assinalado a 1 de Outubro, dia que representa uma importante ocasião para homenagear os idosos e sensibilização para as oportunidades e desafios colocados pelo envelhecimento da população, a iniciativa Viva Idosos realizou, neste sábado dia 02 de outubro uma roda de conversa com os idosos integrantes do projeto.

O Dia Internacional do Idoso é comemorado anualmente a 1 de Outubro, uma data para relembrar e apreciar o papel essencial desempenhado pelos avós, pais, tias e tios que orientaram, inspiraram e fizeram sacrifícios pelas suas famílias e comunidades. O nosso profundo respeito pelos idosos.

A psicóloga Vitória Monteiro deixou um apelo a uma maior atenção, amor e proteção dos idosos.

Na sequência do evento que decorreu no Centro Multiuso de Alto Safende, idosos fizeram avaliação positiva entendendo que antes esta população não era valorizada, mas que atualmente sentiram mudanças o que lhes dão maior vontade de viver.

Durante as atividades os idosos participaram de sessão de pintura, momento de convivência e de partilha.

O lema escolhido para este ano é, “Equidade digital para todas as idades”, uma vez que muitos idosos não têm acesso a cuidados de saúde facilitados pelas tecnologias, nem podem participar em atividades sociais proporcionadas por essas ferramentas.


Papel do idoso na sociedade atual. Será que estamos a caminhar para uma sociedade inclusiva das pessoas da terceira idade?

 

O papel dos idosos está sempre em constante mudança, variando de cultura para cultura, ao longo das diferentes épocas. Mas, na verdade, apesar de poderem ser menos fortes, as pessoas mais velhas são, sem dúvida, um oceano de experiência e sabedoria que podem servir como exemplo para gerações mais novas.

Aliás, atualmente, as pessoas idosas desempenham um papel fundamental na transmissão de valores e na preservação de tradições, pois, são eles os guardiões de uma rica herança cultural.

Felizmente, os tempos estão a mudar e as novas gerações estão a ser ensinadas a cultivar o respeito pelos mais velhos, com o objetivo de proteger as gerações mais antigas. No fundo, a ideia de aprender com os outros e cada vez mais apreciada pela nossa sociedade e esperamos que se prolongue por muitos anos.

Será que estamos a caminhar para uma sociedade inclusiva das pessoas da terceira idade?

Embora ainda haja um número significativo de idosos que vivem em condições menos favoráveis, a verdade é que, nos últimos anos, em Cabo Verde muitas forças vivas têm-se esforçado para melhorar esta situação.


 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Viva Idosos: Psicóloga chama atenção a importância do controlo das doenças crónicas nos idosos

 

As doenças crônicas que mais afetam os idosos são a hipertensão, diabetes, Osteoartrite, as doenças neuro degenerativas, como, por exemplo, a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, as pneumopatias crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crónica, e o câncer.

A psicóloga do projeto Viva os Idosos, Vitória Monteiro mostrou-se hoje preocupada com a falta de controlo das doenças crónicas nos idosos e chamou atenção a tomada correta dos medicamentos.

“A maioria dos nossos idosos não estão a seguir consultas de rotina e nem estão a tomar os medicamentos”, adiantou, a profissional de saúde, responsável pela saúde mental dos integrantes do projeto Viva Idosos durante o encontro com os idosos realizada no centro multiuso na comunidade de Alto Safende.

Os idosos constituem a população mais acometida pelas doenças crónicas. Esse aumento parece dever-se a interação entre fatores genéticos predisponentes, alterações fisiológicas do envelhecimento e fatores de risco modificáveis como tabagismo, ingesta alcoólica excessiva, sedentarismo, consumo de alimentos não saudáveis e obesidade.

A incidência de doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e patologias cardiovasculares eleva-se com a idade. Esse aumento parece dever-se a interação entre fatores genéticos predisponentes, alterações fisiológicas do envelhecimento e fatores de risco modificáveis como tabagismo, ingesta alcoólica excessiva, sedentarismo, consumo de alimentos não saudáveis e obesidade. 

Uma das formas de prevenir e controlar doenças crónicas é a atividade física, movimentar o corpo. 

Existem, no entanto, pequenas diferenças na prevenção de uma e outra doença que farão toda diferença a longo prazo. No caso da hipertensão, é importante tomar cuidado com o excesso de consumo de sódio e, principalmente, o sedentarismo. O mesmo vale para a diabetes, embora neste caso a atenção com a comida se volte para a ingestão excessiva de carboidratos.


Deve-se evitar ainda comidas industrializadas, preferindo alimentos frescos. Substituir carne vermelha, com alta concentração de gordura, por peixe, frango ou porco diminui, também, o risco de infarto, a principal causa de mortalidade e incapacidade na velhice junto com o derrame.

Em se tratando de depressão, a abordagem para a prevenção está mais relacionada com a interação social do idoso que, por conta das dores características do envelhecimento, tende a se isolar no meio em que vive.

As doenças comuns entre os idosos muitas vezes os obrigam a reduzir a atividade social. Isso, no entanto, deve ser combatido. Manter-se em movimento tanto fisicamente quanto socialmente é importante. Isso pode ser feito por meio de programas de lazer que podem ser, inclusive, relacionados aos exercícios.


sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Idosos de Safende, Achadinha Pires e Achada S.Filipe trabalham destreza mostrando talento na pintura


A psicomotricidade é um caminho que abre possibilidades aos idosos de encontrarem outras formas de fazer, outras maneiras de pensar, outros sonhos a realizar..., aprendendo a envelhecer com felicidade e prazer. 

Este foi o objectivo do encontro realizado no dia 08, no quarta-feira com idosos de Safende, Achadinha Pires e Achada São Filipe no centro multiuso de Alto Safende.

No mundo inteiro, a população idosa vem crescendo numa grande proporção. E em Cabo Verde, essa realidade não é diferente, principalmente nas últimas décadas. Com isso, vem crescendo a preocupação em produzir conhecimentos que favoreçam o bem-estar biopsicossocial das pessoas na terceira idade. 

Visando um envelhecimento ativo, a psicomotricidade assume importante papel na promoção de saúde do idoso através de diferentes dimensões, tais como, preventivas, educativas e reeducativas, proporcionando benefícios biopsicossociais, e consequentemente qualidade de vida. 


domingo, 5 de setembro de 2021

Idosos desfrutam de convívio ao ar livre em Cidade Velha

 

Já se foi o tempo em que os idosos só tinham tempo para fazer croché e se sentarem nas varandas. Os idosos de hoje são activos e dão vida a tudo aquilo que fazem.

Aproveitando a manhã ensolarada e os dias quentes atípicos de Cabo Verde, o projecto Viva Idosos realizou uma atividade diferenciada com os idosos no passado domingo 26 de Agosto. A actividade aconteceu na Cidade Velha, berço da cabo-verdianidade no município de Ribeira Grande de Santiago.

Para além de várias actividades, e da viagem de iace, não faltou energia para o já tradicional batuco ao ar livre e também desenvolveram jogos cooperativos.

O objetivo da atividade foi minimizar os impactos do isolamento imposto pelo novo coronavirús. De acordo com a psicóloga Vitória Monteiro, o isolamento foi uma solução com o objetivo de proteger o grupo de maior risco, mas o preço pago foi a solidão, o medo, insegurança, stress e a depressão nos idosos.

O momento de convívio ao ar livre respeitando imperiosamente todas as normas de segurança, acrescida com maior número de idosos vacinados, proporcionou momentos de muita diversão, companheirismo e partilha.

Um dos objectivos do projecto Viva os Idosos é a promoção de uma vida activa e saudável e a convivência entre os jovens e os idosos.

Cercados pelas paisagens de um dos cartões postais do município de Ribeira Grande de Santiago, os idosos ainda tiveram um momento de relaxamento e reflexão.

Estas atividades são muito importantes como estímulo de valorização da pessoa idosa para que se sintam protagonistas sociais, sempre buscando fortalecer os vínculos afetivos e comunitários.

 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Idosos de Alto Safende partilham vivências com o Padre Ângelo Romano da Comunidade de Sant Egídio em Itália

Idosos da comunidade de Alto Safende integrantes do projecto Viva os Idosos, iniciativa do Movimento Jovens pela Paz, receberam na tarde deste sábado, 21, a honrosa presença do Padre Ângelo Romano, membro da Comunidade Sant Egídio na Itália, ondes trocaram vivências.

O encontro com os idosos teve como foco a Covid 19, pandemia que afectou o mundo, não excluindo a Itália onde a experiência foi catastrófica com maior incidência nos idosos, grupo de maior risco.

Segundo a BBC, O perfil da maior parte dos mortos relacionados ao novo coronavírus na Itália, o segundo país mais afetado até agora pela pandemia, se assemelha aos da China, epicentro do novo vírus: os efeitos são particularmente fortes nos idosos do sexo masculino que já conviviam com alguma doença.

Na Itália, contudo, diante da população idosa proporcionalmente maior, a taxa de mortalidade da doença causada pelo vírus, a covid-19, chegou em março a 7,7%, enquanto o índice chinês médio foi de 2,3%.

Conforme os dados do Ministério da Saúde Italiano que monitora a emergência nacionalmente, a média de idade dos italianos infectados pelo coronavírus é de 63 anos, sendo que 60% deles são do sexo masculino.

Apesar de ainda não haver dados oficiais sobre o numero de idosos vitimas mortais em Cabo Verde, a tendência é a mesma, sabe- que a maioria dos óbitos se fixou na população idosa.

Após ouvir as experiências do projecto Viva os idosos, o sacerdote ressaltou a importância dos jovens no cuidado com os idosos, sobretudo no que toca as medidas em virtude do novo coronavírus.

A Comunidade de Sant’Egidio, è uma comunidade cristã nascida em Roma em 1968 logo após o Concílio Vaticano II, por iniciativa do Andrea Riccardi, num liceu no centro de Roma. Ao longo dos anos tornou-se uma rede de comunidades que, em mais de setenta Países do mundo, focando nas periferias e nos “periféricos”, reúne homens e mulheres de toda idade e condição, unidos por um laço de fraternidade, pela escuta do Evangelho e pelo compromisso voluntário e gratuito em prol dos pobres e da paz.

O Movimento Jovens pela Paz – JxP” é um movimento mundial de jovens que nasceu no seio da comunidade de Santo Egídio, um movimento internacional muito conhecido na promoção da paz e mediação de conflitos e cultura de encontros e fraternidade.

Por Cláudia Santos


sábado, 5 de junho de 2021

“Obedecer os pais é a chave para uma vida longa” Rita Duarte “Alice”


"Memórias e histórias de vida: Dando Voz a pessoa idosa" do projecto Viva os idosos trouxe desta feita o ensinamento de Rita Mendes Duarte, conhecida por Alice de 61 anos, mãe de 7 filhos que defende a obediência aos pais com a chave para uma vida longa e de sucessos.

Mulher guerreira batalhadora com uma força de leoa. Já passou por várias dificuldades na vida, mas a vontade de lutar sempre falou mais alto o que fez dela a mulher que é hoje ainda com todos os desafios.

É ela quem logo de manhãzinha coloca o pão fresco na mesa dos moradores de Alto Safende onde também reside. A venda de pão foi uma forma que esta mulher viúva encontrou para ajudar no sustento da família e de estar mais activa.

Apesar da tarefa de cuidar dos dois filhos doentes desempenhada com muito amor e dedicação, “Alice” como é carinhosamente apelidada, olha para a vida como um “dom de Deus” que deve ser vista como um “bem precioso” por isso o motivo da sua luta diária.

"Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá” Exodo 20:12.é esta a visão defendida por Alice quando questionada sobre a educação nos dias de hoje.

Para esta mãe, o dever de todo o filho é obedecer aos pais, porque acredita ser esta a chave para uma vida longa, entretanto considera que esta prática tem vindo a desaparecer. 

Ao responder ao pedido para deixar uma mensagem aos jovens, Alice adiantou que o conselho dos pais deve sempre ser ouvido e levado em consideração, considerando que “os pais têm sabedoria e seu ensino pode ajudar até quando o filho já é velho”.

Cláudia Santos


sexta-feira, 4 de junho de 2021

Viva os Idosos participa em massa em roda de reflexão"Cada um de nós é um potencial idoso"


“Cada um de nós é um potencial idoso” foi tema de conversa da roda de reflexão realizada na manhã desta quinta-feira por um grupo de entidades e pessoas singulares que lidam com idosos na ilha de Santiago. 

O encontro serviu para debater questões pertinentes ligadas a esta classe que representa 6 por cento (%) da população cabo-verdiana frisando o fortalecimento das experiências de serviço aos idosos e constituir uma frente "multisensorial"  para defender de forma “harmonizada e humanizada” a pessoa idosa.

O projecto Viva os Idosos que já segue na terceira fase, tem como promotor o Movimento Jovens pela Paz. Trata-se de um projecto com responsabilidades social nomeadamente na valorização da pessoa idosa, e daí o motivo a participação em massa da equipa na Roda de Reflexão intitulada “Cada um de nós é um potencial idoso” promovida por instituições que lidam com idosos.


A apresentação feita pela psicóloga do projecto Vitória Monteiro que veio acompanhando os integrantes desde da primeira fase.

A falta de condições financeiras e recursos humanos especializados na área, dificuldades no transporte de idosos foram as barreiras mais apontadas pelas instituições.

A Covid 19 veio colocar a nu cada vez mais as fragilidades dos idosos por esse motivo durante o encontro os presentes fizeram um parente onde debruçarem sobre como servir a pessoa idosa em contexto de pandemia - limitações e respostas encontradas.

O isolamento, a solidão e a depressão foram os maiores problemas encontrados nos idosos na sequência do surgimento do novo coronavirus.

Algumas propostas saídas do encontro foram a criação de um caderno da pessoa idosa, igualmente de uma rede das instituições que trabalham com a terceira idade no sentido de fortalecer ainda mais e incentivar o Governo na criação de políticas direccionadas a esta população.


A iniciativa roda de Conversa: Cada um de nós é um potencial idoso” pretende ser um espaço de debate e partilha mensal entre as partes com responsabilidades nos idosos a fim de fortalecer uns aos outros no serviço aos idosos com gestos, palavras e políticas. 

O encontro que teve lugar na sala de reuniões do Ministério da Saúde contou com várias instituições, entre elas  o Movimento Jovens pela Paz na qualidade do projecto Viva os Idosos, Comunidade Sant´ Egidio, Cruz Vermelha, Associação Nôs Saúde, Câmara Municipal de São Domingos, incluindo a coordenadora responsável pela Direcção Nacional da Saúde do Idoso, enfermeira Natalina Silva, entre outras pessoas singulares lidam com os idosos.

Cláudia Santos


terça-feira, 1 de junho de 2021

Maria Mendes da Veiga “Titina” a jovem de 84 anos apaixonada pelo batuque


A iniciativa "Memórias e histórias de vida: Dando voz a pessoa idosa" foi ao encontro da “Titina” uma das integrantes que vem animando as actividades do projecto Viva Idosos destacando sempre com o seu bom humor, boa disposição para brincar e ” pilar o batuku”.

Natural de São Lourenço do Orgãos, Santiago, residente há vários anos na cidade da Praia. Esta mãe de quatro filhos apesar de viver tempos difíceis, trabalhando na apanha de lenha, venda de “tambarina, simbrom” e carregamento de pedras, nunca deixou de viver as coisas boas da vida, como ir as festas e se divertir nos bailes do “batuko”.

Batuque é um género de música e dança, património de Cabo Verde, interpretado com base em percussão em panos/almofadas e no canto-resposta, é tido como tradicional de Santiago. Está muito ligado às festas familiares de casamentos e baptizados, revela o importante papel de canal de expressão psico-física da vitalidade criativa.

Ao longo do tempo passou por algumas transformações, e se no passado foi visto com menosprezo e como algo restrito ao interior de Santiago, hoje é um género musical de prestígio. 

Era executado apenas por mulheres sentadas, marcando o ritmo percutindo enchumaços que prendido no regaço a cantar, enquanto outras batiam palmas, e outras ainda se revezam num dança frenética, mas actualmente os homens também ganharam espaço neste género e até já estão integrados em grupos.

“O batuque era o nosso único divertimento na época e por isso eu sempre participava na animação de festas como baptizados e casamentos”, disse lamentando hoje o isolamento e falta do convívio social, roubada pela pandemia da covid 19.

"Memórias e histórias de vida: Dando voz a pessoa idosa" é uma rubrica do Viva os Idosos com base em histórias e relatos de memórias dos integrantes do projecto com o propósito de valorizar a existência, experiência e sabedoria desses sujeitos que muito contribuíram para a sociedade e que têm muito a ensinar para gerações mais jovens possibilitando um espaço para que estes narrem suas próprias histórias de vida.

O projecto Viva Idosos é uma iniciativa financiada pelo Ministério da Família e Inclusão Social promovida pelo Movimento Jovens pelas Paz com o objectivo valorizar a população idosa e sua sabedoria e possibilitar o contacto e a troca de experiências entre jovens fomentando relações entre indivíduos pertencentes a diferentes grupos etários, não se restringindo ao contexto familiar. 

Cláudia Santos


segunda-feira, 31 de maio de 2021

“Tenho saudades do tempo em que os vizinhos se tratavam como irmãos” Angélica Cardoso

Um dos objectivos da iniciativa "Memórias e histórias de vida: Dando voz a pessoa idosa" é resgatar memórias, histórias e vivências de outrora contadas em primeira mão através daqueles que viveram experiências que merecem ser partilhadas. 

A nossa entrevistada de hoje é a dona Angélica de 93 natural de São Miguel, residente há mais de 20 anos na Praia. Ela nos leva para o seu tempo onde os vizinhos eram muito unidos e se tratavam com parentes.

Mas antes, “Vovô”como é carinhosamente chamada por todos conta-nos que parte da sua juventude foi vivida em São Tomé onde era galinheira, recolhia ovos para levar aos “brancos” e colocava as aves nas capoeiras. Depois deste período regressou á Cabo Verde onde trabalhou na lavoura, cimenteira e partilhava como os vizinhos.

No meu tempo os vizinhos cuidavam uns dos outros, hoje infelizmente não existe mais esta prática, assevera “Vovô” considerando que actualmente não se fazem mais vizinhos como antigamente.

Recordando algumas vivências a jovem de 93 anos assegura com nostalgia que hoje, as pessoas pouco se falam, outros nem sabem se são vizinhos. 

“Tenho saudades daquele tempo onde os vizinhos se preocupavam uns com os outros, as pessoas mais velhas educavam e cuidavam dos filhos dos outros. Era muito bom este tempo, enquanto as crianças se juntavam para brincar no final da tarde e á noite, os pais e os jovens adultos se juntavam todos na porta da casa, os degraus das escadas serviam de assentos, juntava muita gente, e era ali que todos conheciam, brincavam” recorda.

Como é que brincavam as crianças do seu tempo?

Angélica (Vovô): Divertíamos jogando, brincávamos de tudo o que nos davam na telha, fazíamos grandes rodas, ouvíamos histórias dos mais velhos, “pique queimada”, rolávamos no chão e corríamos muito. Era uma tortura quando nos colocavam de castigo de uma semana sem brincar. 

E nos tempos actuais?

Angélica (Vovô): As brincadeiras de hoje em dia é muito diferente, as crianças quase que não se entendam, brincam mais com os telemóveis. As mães desentendem-se umas com as outras por causa dos filhos, mas no meu tempo isto não existia. 

Se as crianças de desentenderem, qualquer mãe ia lá exigir que fizessem as pazes e ainda rendiam algumas palmadas quando passavam do ponto, as palmadas até que nem doíam muito, mas o castigo.

Segundo dona Angélica, os vizinhos eram tão unidos que pareciam ser todos parentes, por outro lado acredita que hoje em dia nem todas as famílias são unidas, mas que felizmente teve a sorte de ter uma família que cuida dela e se preocupa.

Como é que os vizinhos se tratavam?

Angélica (Vovô): Já não temos mais vizinhos como antigamente, as pessoas se ajudavam, se sentavam na varanda de um ou de outro para conversar, jogar, comer e beber e se divertirem, isso talvez ainda tenha em alguns bairros e com certeza em cidades menores, mas até nessas cidades esse costume tem ficado raro.

Quando a árvore produzia muito era comum um vizinho levar para o outro. Todas as pessoas que moravam por perto eram conhecidas, era seguro para todos nós. Hoje não aconselho ninguém a brincar na rua por causa da insegurança. 

Com o crescimento das cidades e a semelhança do que acontece em países desenvolvidos as mudanças são constantes e tem repercussão na vida das pessoas.

Dona Angélica assegura que pelas ruas quase não se conhecem mais os vizinhos, quase que não há mais crianças na rua brincando e que nos dias actuais poucas pessoas se cumprimentem e se ajudam mutuamente.

Cláudia Santos


domingo, 30 de maio de 2021

"Memórias e histórias de vida: Dando Voz a pessoa idosa"Francisca Moniz a costureira de mão cheia


Quem não conhece uma costureira ou de alguma forma depende da costura. Esta actividade surgiu há mais de 30 mil anos e era dominada por homens e a longo dos anos se modificou e hoje em dia as mulheres apresentam em maior número de profissionais da costura.

O Viva os Idosos, através da rubrica "Memórias e histórias de vida: Dando Voz a pessoa idosa” foi conhecer a história de Francisca Moniz de 66 anos, mãe de 9 filhos. Começou a costurar ainda criança por conta da sua grande curiosidade e paixão por uma máquina de costurar.

 “Costurei a minha primeira saia, aprendi sozinha ainda criança confeccionando roupas de bonecas e também bonecos de trapos. Nunca fiz nenhuma formação, sempre gostei e gosto do que eu faço” acrescentou a costureira com peito cheio de afecto e orgulho.

Mais tarde quando formou família passou a trabalhar carregando areia e materiais para construção de estrada e assim poder sustentar os filhos, mas apesar do trabalho “duro e forçado” sempre encontrou tempo para costurar vestidos, saias, bonecas e várias outras peças. 

Após reforma na antiga Obras Pública, “Emília” como carinhosamente é conhecida, passou a se dedicar exclusivamente a arte de costurar peças. “A costura é grande coisa para mim. Não consigo estar um dia sem costurar”, disse “Emília” orgulhosa recordando a data quando adquiriu a sua primeira máquina de costura por 1500 escudos.

Emília não ousa afirmar ser uma costureira de mão cheia, mas admite que tudo o que confecciona tem saida e que os clientes dizem se satisfeitos.

A vida sempre foi de desafios e dificuldades, disse Emília ressaltando a luta constante para criar os filhos. “Não passei fome mas foram muitas as dificuldades e a costura é a minha salvação”.

Lamentando, confessa que nos últimos meses por causa da crise sanitária da pandemia da Covid 19 a costura não tem tido movimento  e reclama recursos para compra de matéria-prima como tecido, linha, entretanto acredita em dias melhores.

A importância da costura não pode ser medida, uma vez que a profissão de costurar é também responsável pela movimentação da economia sem contar com a sua importância para o artesanato e para a moda.

"Memórias e histórias de vida: Dando voz a pessoa idosa" é uma rubrica do Viva os Idosos com base em histórias e relatos de memórias dos integrantes do projecto com o propósito de valorizar a existência, experiencia e sabedoria desses sujeitos que muito contribuíram para a sociedade e que têm muito a ensinar para gerações mais jovens possibilitando um espaço para que estes narrem suas próprias histórias de vida.

O projecto Viva Idosos é uma iniciativa financiada pelo Ministério da Família e Inclusão Social promovida pelo Movimento Jovens pelas Paz com o objectivo valorizar a população idosa e sua sabedoria e possibilitar o contacto e a troca de experiências entre jovens fomentando relações entre indivíduos pertencentes a diferentes grupos etários, não se restringindo ao contexto familiar. 

Cláudia Santos


terça-feira, 18 de maio de 2021

Hipertensão em idosos: saiba como cuidar melhor da saúde na terceira idade

 

A hipertensão ocorre devido ao aumento da pressão do sangue no interior das artérias, ficando, dessa forma, acima dos valores que são considerados seguros e normais. As artérias (vasos) levam o sangue oxigenado e com nutrientes do coração para todas as células de todo o organismo.

Esse movimento mais intenso pode exigir mais trabalho do coração, provocando modificações em suas estruturas e alterando a parede das artérias, deixando-as mais estreitas e contribuindo para a formação de depósitos de gorduras.

Alguns cuidados essenciais da saúde na terceira idade

Para manter a pressão arterial sob controlo, não basta tomar remédios e se consultar com o médico eventualmente. É muito importante adoptar atitudes e ter alguns cuidados específicos para garantir a qualidade de vida na terceira idade. 

Faça um acompanhamento médico periódico

O acompanhamento médico é um dos cuidados mais importantes para o idoso hipertenso, principalmente quando a pressão arterial não estiver sob controlo, quando o paciente deve retornar ao médico mensalmente para uma avaliação.

Utilize a medicação conforme recomendação médica

A pessoa hipertensa jamais deve deixar de tomar a medicação prescrita. O cuidado precisa ser contínuo, não podendo ser interrompido sem orientação médica. Muitas pessoas abandonam o tratamento quando começam a se sentirem melhores e isso é um erro grave, pois a maioria dos casos de emergências envolvendo o AVC e o enfarto ocorre devido à interrupção da medicação.

Pratique exercícios físicos

Os práticos de exercícios físicos, principalmente os aeróbicos, quando feitos com regularidade, são extremamente benéficos à saúde. 

Após a actividade ocorre uma dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos, que nos idosos hipertensos são mais estreitos e endurecidos. Com a repetição diária da actividade, a pressão arterial diminui por causa da manutenção da vasodilatação.

Mantenha uma alimentação saudável

É fundamental evitar os alimentos industrializados e os embutidos, pois eles carregam altas doses de gordura e sódio. Dessa forma, a alimentação deve ser a mais saudável e natural possível, com o consumo regular de frutas, verduras, legumes, oleaginosas, cereais, laticínios desnatados, azeites, óleos vegetais, carnes magras e peixes.

Evite o tabagismo

O tabagismo também está relacionado a um aumento considerável da pressão e problemas cardiovasculares. O motivo para essas alterações no organismo é que o fumo piora a constrição dos vasos e formação de placas de aterosclerose, potencializando a ocorrência de enfarto.

Como vimos, a hipertensão em idosos deve ser controlada logo que for identificada, já que ela é um factor de risco para doenças cardiovasculares, como o enfarto e o AVC. 

Nesse sentido, é importante adoptar medidas, como as que comentamos, para cuidar melhor da saúde na terceira idade e garantir a qualidade de vida.


Hipertensão na terceira idade: principais causas

 


Celebra-se hoje 17 de Maio, o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, data escolhida para promover a conscientização a respeito da doença que afecta a população mundial, sobretudo idosos. 

A hipertensão arterial, doença de evolução bastas vezes silenciosa, uma das principais causas de doença de foro cardiovascular e de insuficiência renal crónica e que conjuntamente com as doenças oncológicas ocupam os primeiros. 

Em qualquer momento da vida, assim que identificada, a hipertensão arterial deve ser tratada e controlada, pois ela representa um grande factor de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e enfarto.

Com o avanço da idade é comum que a pressão arterial aumente e, por esse motivo, sua maior prevalência ocorre na terceira idade, atingindo 2/3 dos indivíduos com 65 anos ou mais. Por esse motivo, é importante observar alguns cuidados essenciais nessa fase da vida.

Para assinalar o Dia Internacional da Hipertensão o Viva Idosos separou algumas informações úteis sobre esta doença na terceira idade.

As principais causas da hipertensão em idosos

Com o processo de envelhecimento natural, algumas substâncias, como resíduos de cálcio, vão se depositando nos vasos sanguíneos, deixando-os mais estreitos e endurecidos, levando à uma diminuição da elasticidade arterial e consequente aumento da pressão arterial no seu interior.

Outros factores relacionados com o aumento da pressão arterial, segundo a psicóloga do projecto Viva Idosos, Vitória Monteiro, são alterações que ocorrem nos rins. 

Quando, por qualquer motivo, há uma redução de quantidade de sangue recebida (por placas obstrutivas) ou um aumento na pressão nas artérias renais, eles passam a liberar substâncias que provocam a retenção de água e sal no organismo. Com isso, inicia-se um ciclo que retro-alimenta o dano nos rins, coração e o cérebro.

As condições pré-diabéticas, a obesidade e o estresse também podem provocar a hipertensão arterial. 

No paciente diabético pode ocorrer uma descarga maior de insulina, liberando algumas substâncias que agem no cérebro e elevam a absorção do sal pelos rins, aumentando a pressão arterial.


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Cuidados com os idosos fazem parte da promoção da vida humana digna em sua plenitude


Um dos objectivos primordiais do projecto Viva os Idosos é trabalhar na promoção de uma vida digna e saudável dos idosos e foi com este propósito que a equipa se deslocou esta quarta-feira, 12 a zona de Ponta d´ Agua onde procedeu a visita domiciliária a alguns beneficiários para tomar pulso da situação dos mesmos e constatar “in loco” como estão a lidar com a pandemia da Covid 19, para além de oferecer máscaras e álcool gel, informações e orientações úteis.

O mundo está ainda a aprender a lidar com a covid-19 e com o vírus que a causa, o SARS-Cov-2, que já causou 3.319.512 mortos e infectou 1589.593. 520 pessoas desde do princípio da crise sanitária.

Além disso, as pessoas com problemas de saúde pré-existentes (como doenças cardiovasculares, doença respiratória crónica, hipertensão, diabetes ou aqueles com mais de 60 anos e com algumas doenças crónicas subjacentes como é o caso de maior parte dos integrantes do projecto) também são mais vulneráveis à covid-19.

Sabe-se também que este grupo tem um elevado risco de contrair formas graves da doença . E é precisamente por isto que a terceira idade deve ser protegida ao máximo durante a pandemia. 

A idade é um dos principais factores de risco, onde os idosos aparentam desenvolver uma forma mais grave da doença, daí a importância das visitas domiciliárias e das informações que tem vindo a ser realizadas pela equipa. 

Neste sentido as abordagens tem sido baseadas essencialmente em avaliações físicas de sintomas respiratórios.

Até o momento, apenas dois dos 58 idosos integrantes do projectos testaram positivo ao coronavirus e 13 já foram imunizados contra a doença, entretanto o objectivo é alcançar a maior parte.

Com base em informações transmitidas pela enfermeira Sara Semedo e pela psicóloga Vitória Monteiro na sequência das visitas domiciliárias realizadas pelo Viva Idosos aos idosos integrantes do projecto reuniu-se algumas respostas para ajudar a esclarecer idosos, familiares, amigos em tempo de pandemia.

Os sintomas mais comuns da covid-19 são a febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar sinais e sintomas idênticos aos da gripe sazonal, tais como dores corporais, congestão e corrimento nasal, garganta inflamada e diarreia, sintomas que costumam ser ligeiros e começam gradualmente. 

Cerca de uma em cada seis pessoas que contrai covid-19 fica bastante doente e desenvolve problemas respiratórios graves. Os mais velhos ou pessoas com outros problemas de saúde estão mais propensos a desenvolver doença grave.

Porque é que os mais velhos têm mais risco no caso de infecção?

Deve-se ao facto de os idosos terem um sistema imunitário mais vulnerável, que faz com que estejam mais expostos e tenham mais propensão para desenvolver a doença, explicou a enfermeira Sara Semedo.

A taxa de letalidade é mais alta nos idosos?

Sim, é mais alta para as pessoas acima dos 70 anos, além disso, a covid-19 é particularmente perigosa para as pessoas idosas com outras patologias associadas, como doença cardiovascular, diabetes e doença respiratória crónica. 

Por isso é importante ter muita cautela com os idosos e particularmente nesta altura que a situação é “complicada”, refere o profissional de saúde.

Como pode a covid 19 afectar os idosos de forma psicológica?

Em meio à pandemia que enfrentamos, o isolamento social é um dos recursos vitais tanto para reduzir o ritmo de propagação do novo coronavírus em nossa sociedade como para resguardar a população idosa, que está no grupo considerado de maior risco, ressaltou a psicóloga Vitória Monteiro.

Enquanto esperamos que a vacina chega a toda a população, ficar em casa, lavar higienizar as mãos e manter o distanciamento social tornou-se a nossa maior barreira protectora.

Porém a medida pode gerar uma avalanche de emoções nos idosos, o que é capaz de colocar em risco sua saúde mental, dai a preocupação em todas as visitas domiciliárias avaliar o estado psíquico dos idosos.

Situações como quarentenas tendem a despertar sentimentos como solidão, stress, ansiedade, tristeza e depressão, adiantou a psicóloga.

Por Cláudia Santos


Dia do enfermeiro: Parabéns as enfermeiras do projecto Viva Idosos Sara Cabral e Sara Semedo

  
Em 12 de maio, comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em homenagem à Florence Nightingale, pioneira da enfermagem moderna.

O enfermeiro se dedica a promover, a manter e a restabelecer a saúde das pessoas.


 

O projecto Viva os Idosos presta singela homenagem a estes profissionais, especialmente a Sara Cabral e a Sara Semedo, enfermeiras que tem dedicado suas vidas a cuidar dos idosos e do próximo.

Que as vossas vidas sejam abençoadas e que a amor a profissão de cuidar dos outros permaneça sempre.

Parabéns




terça-feira, 4 de maio de 2021

Cuidar da pessoa idosa é cuidar da própria história. Nunca se esqueça: o jovem de hoje será o idoso de amanhã!

Devemos reconhecer o quanto antes a importância dos idosos na sociedade e fazer com que o carinho e o respeito que merecem seja uma tarefa diária de cada um de nós. 

Afinal, com toda a sabedoria e “bagagem” de experiência, eles nos ensinaram lições de vida e cuidaram da gente enquanto precisávamos. Agora é o momento de retribuir o amor e tudo que aprendemos com eles.

Conheça, a seguir, algumas formas de demonstrar amor e carinho ao idoso no dia a dia:

1) Procure tirar um tempo da sua rotina para conversar os idosos. Com calma e paciência, escute suas sábias palavras e as experiências de vida que têm para compartilhar. Ouvir suas histórias sempre nos ensinará algo de valor!

2) Demonstre carinho e abrace, sempre que puder, seus avós. Se eles moram longe, visite-os frequentemente ou mantenha sempre contacto para dizer o quanto eles são importantes na sua vida.

3) Muitas vezes pensamos que uma relação entre pessoas jovens e idosos tem alguns obstáculos. No entanto, algumas actividades familiares podem ajudar a estreitar esse vínculo. Cozinhar juntos,  passear no parque,  ir à igreja e ver TV são algumas das actividades que trarão benefícios às duas gerações.

4) Os avós têm um carinho especial e fazem de tudo para agradar seus pequenos netinhos. Dessa forma, esse elo de amor e afecto deve ser cultivado e incentivado a cada dia.

Promova actividades entre os dois, deixe seus filhos serem bastante mimados e, claro, alimentados pelos deliciosos “rebuçados” que a vovó prepara. São esses pequenos gestos que marcarão, no futuro, as melhores lembranças entre avós e netos.

5) Muitos idosos não têm a mesma sorte de estar em um ambiente familiar acolhedor. Dessa forma, uma boa sugestão para dar carinho e atenção a eles, é reservar um tempo para os visitar. 

Geralmente são velhinhos que necessitam de companhia, de afecto ou apenas uma conversa para se sentirem úteis e queridos. Esse gesto reconfortará o seu coração e o de quem precisa de você!

6)Cuidar de pais idosos deve ser algo natural, um gesto de respeito e admiração com quem amamos. Devemos evitar que as pessoas mais velhas fiquem em segundo plano e melhorar, de alguma forma, a qualidade de vida delas para que tenham um envelhecimento activo e saudável.

7) Com o tempo, a visão de nossos vovôs e vovós já não é mais a mesma de antigamente. Quando tiver algum tempo livre,  leia alguns livros e ajude-os a continuarem com seus hábitos de leitura.

8) Incentive-os a praticar exportes ou ter horas de lazer, como cursos,  caminhadas, hidroginástica, artesanato ou outra actividade que dê prazer e faça a pessoa idosa se sentir útil e em contacto com outras pessoas.

9) Visite ou seja voluntário em uma ONG. 

10) Nunca se esqueça: o jovem de hoje será o idoso de amanhã!

Fonte: http://estilo.br.msn.com


Idosos de Safende Baixo, São Filipe, Achada Mato e Achadinha Pires recebem visita domiciliária do projecto Viva Idosos


A equipa Viva os Idosos deu seguimento nos dia 03 e 04 as suas actividades de visita domiciliária com o objectivo de avaliar o estado físico e psicológico aos idosos integrantes residentes em Safende Baixo, Achada São Filipe, Achada Mato e Achadinha Pires na cidade da Praia.

As visitas domiciliárias têm por fim avaliar o estado físico e mental dos beneficiários sobretudo no novo contexto da pandemia da covid 19 em que os idosos tendencialmente ficam mais tempo sozinho e susceptíveis a insegurança, medo entre outros sentimentos. 

Apesar da pandemia, esta iniciativa que conta com a intervenção da psicóloga Vitória Monteiro e da enfermeira Sara Semedo tem sido para o projecto um instrumento que tem permitido uma maior aproximação com os idosos e inteirar-se do estado de saúde de cada um e consequentemente ter acção preventiva. 


Esta aproximação tem servido também para levar informações sobre a Covid 19 e sensibilizar esta população para a importância da vacinação e a desmistificar desinformações.

De referir que as actividades com as pessoas da “melhor idade” não se resumem apenas as visitas mas ainda entrega de refeições quentes bem coo kits de protecção individual nomeadamente álcool gel, álcool 70 por cento (%) e máscaras, acções de sensibilização via plataformas digitais, palestras informativas entre outras actividades que estão na agenda aguardando evolução positiva da pandemia da covid 19. 

Viva os Idosos nasceu em Junho de 2019 através do Movimento Jovens pela Paz em prole da população idosa e conta com financiamento do Ministério da Família e Inclusão Social.

Cláudia Santos


quinta-feira, 29 de abril de 2021

Idosos de Alto Safende recebem acção de sensibilização sobre a importância da vacinação contra a Covid 19


Uma equipa formada por profissionais de saúde, psicóloga e enfermeira realizaram na manhã desta quarta-feira 28 de Abril uma acção de sensibilização na comunidade de Alto Safende, na cidade da Praia com o propósito de levar informações aos idosos sobre a importância da vacinação contra o novo coronavirus.

De acordo com os estudos realizados até agora, o vírus da (SRAS-CoV-2) é altamente contagiosa e já vitimou milhões de pessoas em todo o mundo na sua maioria idosos, situação que tem vindo a preocupar as autoridades de saúde que vem alertando para a importante desta vacina no combate a pandemia.

Um pouco por todo o país e “qui çá” em outras paragens, a população idosa tem deparado com falta de informação e até mesmo desinformação sobre a vacinação contra a covid 19, gerando medo, insegurança e rejeição a imunização contra o novo coronavírus. 


É o caso de idosos de Alto Safende que mostraram pouco receptivos quanto a vacinação motivo que levou a equipa do projecto Viva os Idosos a deslocar a esta comunidade para levar informações sobre esta suma importância bem como outros esclarecimentos sobre a Covid 19.

Conforme iniciou explicando a enfermeira Sara Semedo, as vacinas foram desenvolvidas para controlar e contribuir para redução de risco de doenças, elevar o nível de vida assegurando a saúde da população. Assim também surgiu a vacina contra a covid 19 com igual propósito.

Sara Semedo explicou que a vacina serve para proteger as pessoas contribuído para reduzir as complicações da doença, sobretudo na população idosa, a mais fustigada. Esta profissional da saúde alertou ainda para a importância do controlo das patologias nos idosos bem como uma alimentação saudável.

O cardeal Dom Arlindo é exemplo de que a vacinação é segura e necessária para o combate a pandemia. Aos 71 anos ao aderiu com “serenidade” e “confiança”, à vacinação no passado dia 12 de Abril, após ser imunizado com a primeira dose de AstraZeneca o Cardeal transmitiu confiança e deu graças a Deus por tê-lo para combater à Covid-19 destacando a importância de “todos” estarem “unidos” nesta luta. 

Ainda sobre as controvérsias acerca da vacina, Dom Arlindo afirmou “já tomei e os outros podem tomar também se quiserem e dou graças a Deus por termos este meio para fazer o combate ao coronavírus” lembrando que “não está provada que a vacina AstraZeneca traga problemas para todos de uma forma generalizada, mas como os técnicos dizem qualquer medicamento pode provocar efeitos secundários”. 


A acção de sensibilização foi ministrada pela enfermeira Sara Semedo e pela psicóloga Vitória Monteiro foi muito bem conseguido porque permitiu não só para esclarecimento como também fazer com que seis dos nove idosos demonstrassem interesse em ir vacinar por conta própria.

Até o momento um grupo de 13 idosos do projecto já foram imunizados contra a covid 19 e não demonstraram quaisquer reacções adversas após a vacinação. O propósito é atingir todos os integrantes e envolver outros idosos nesta luta.

Cláudia Santos


quinta-feira, 22 de abril de 2021

Viva Idosos promove acções de sensibilização com idosos e seus familiares sobre a vacinação contra a Covid 19





Visitas domiciliárias, conversas abertas via plataformas digitais e contactos telefónicos através da “Linha Azul” são alguns meios encontrado pela equipa multidisciplinar do projecto Viva Idosos na sensibilização de idosos e seus familiares para a importância da vacinação contra o surto da Covid 19.

O novo coronavírus (SRAS-CoV-2) tem vindo a espalhar-se rapidamente pelo mundo desde Dezembro de 2019. Cabo Verde registou em finais de Março 2020, a primeira transmissão local que desencadeou uma série de medidas destinadas a prevenir a disseminação do vírus culminando num estado de emergência nacional de 20 dias a 28 de Março de 2020). 

Desde Abril de 2020, a pandemia propagou-se por todas as ilhas de Cabo Verde tendo já confirmado um total de 21.179 casos e 198 mortes até 21 de Abril de 2021. Na sua maioria a faixa acima dos 60 anos tem sido a mais fustigada.

O projecto Viva Idosos que já segue na sua terceira fase, desde do inicio da pandemia tem dado uma atenção redobrada a esta população, grupo de maior risco. Por meio de várias acções, a equipe tem trabalhado no sentido de disponibilizar o acesso a kits de protecção como, álcool 70, álcool gel, máscaras, cestas básicas, palestras informativas entre outros.

De realçar que dos 50 idosos do projecto apenas um foi contaminado com a Covid 19 e já se recuperou. Com a chegada da vacina em Cabo Verde, o projecto têm se mobilizado para que todos os idosos estejam sensibilizados, vacinados e melhor protegidos.

As acções de conscientização, por meio do diálogo e da escuta humanizada, faz parte de uma estratégia montada no sentido de sensibilizar e orientar esta população e seus familiares sobre a importância da imunização contra o novo coronavirus e assim contribuir para a promoção de maior qualidade de vida e o bem-estar de seus integrantes. 

Conforme indicou a enfermeira Sara Semedo, inicialmente notou-se alguma resistência, medo, insegurança e desconhecimento por parte dos idosos, justificada pela ausência de informações e incentivo das pessoas idosas a adesão da vacinação conta a covid 19.

A falta de divulgação em meios próprios tem sido um entrave e tem contribuído para o aumento de desinformação e sentimentos de insegurança e consequentemente a não aderência a vacinação.

Entretanto Sara Semedo realça que a partir de diálogo, conseguiu-se esclarecer as dúvidas existentes e levar informação sobre as vacinas em circulação e sobre a continuidade dos cuidados preventivos, como o uso de máscara, manter o distanciamento social e a frequente higienização das mãos. 

Percebe-se que a escuta acolhedora dos profissionais de saúde (psicóloga e enfermeira) tem sido fundamental para garantir que os idosos estejam protegidos contra a Covid-19.

Até o momento cerca de 10 idosos do projecto já se encontram vacinados, entretanto o objectivo é garantir que todos os beneficiários recebam as doses recomendadas pelas autoridades da saúde. 

De referir que as acções de sensibilização vão no sentido de atingir não apenas os idosos integrantes do projecto mas sim alargar a todas as pessoas com 60 ou mais anos de idade.

O lançamento da vacina contra a COVID-19 é, segundo as autoridades de saúde, um esforço sem precedentes para Cabo Verde e o país tem estabelecido os mecanismos de coordenação apropriados para o êxito do lançamento da vacina. 

Os resultados da imunização de Cabo Verde, de acordo com o relatório do Índice Global de Segurança da Saúde, são extremamente elevados (97,4% de 100%), mostrando um sistema de imunização robusto. 

O Plano Nacional de Imunização visa 60% da população a receber vacinas contra COVID-19 durante esta fase, tendo em consideração as incertezas em torno da imunidade-permanência e o impacto da vacinação contra a COVID-19 na transmissão da doença. 

Cláudia Santos


"Live": Sensibilização dos idosos e familiares sobre a importância da vacinação contra a Covid 19/ reação/efeitos colaterais

 Acompanhe no link abaixo o "Live" sobre a importância da sensibilização dos idosos e seus familiares para a tomada da vacinacontra a Covid 19

"Sensibilização dos idosos e familiares sobre a importância da vacinação contra a Covid 19/ reação/efeitos colaterais"
Com a enfermeira do projecto Viva Idosos, Sara Semedo
OBS: Para este feito o projecto Viva Idosos conta com a parceria do Centro de Saúde de Ponta d Água pelo que os idosos afetos às zonas próximas devem contactar esta unidade de saúde através do numero 264 23 46 ou pessoalmente.

Segue no link abaixo

https://web.facebook.com/100057939411645/videos/184367560171223/

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Viva Idosos: Idosos recebem primeira dose da vacina da contra a covid 19 e recomendam


Parte de beneficiários do projecto Viva Idosos já receberam a primeira dose de imunização contra a covid 19, tendo reagido bem a vacina e recomendam.

Cabo Verde pretende vacinar 70% da população, sendo os idosos e os profissionais da saúde os primeiros a receberem as doses de imunização.

Os idosos fazem parte do grupo prioritário, isto é, uma pessoa com mais de 60 anos corre maior risco de contrair infecções e complicações causadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), daí a importância de serem vacinados.

Além disso, segundo pesquisas realizadas desde o início da pandemia, essa faixa etária é a que mais tem evoluído para óbito pela Covid-19 no mundo”. 

Um grupo de idosos do projecto já estão com as suas vacinas em dia e outros aguardam para o fazer. 

É o caso de Leandro de 74 anos e Marta de 82 anos que após serem imunizados com a primeira dose da vacina contra a covid 19 afirmaram estar “bem” e incentivaram outros a fazerem suas inscrições para que também sejam vacinados e mais protegidos.

As autoridades sanitárias garantem que as vacinas são seguras e chamam a atenção das famílias sobre a importância de vacinar os seus idosos contra a Covid-19 e alertam, no entanto, que a vacina não garante 100% de protecção, mas evita os casos graves e reduz os óbitos.

Outro alerta importante é que a vacina ainda não dispensa o uso de máscaras e higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e distanciamento social contra a Covid-19. 

Cláudia Santos


sábado, 10 de abril de 2021

Projecto Viva Idosos entrega refeições quente a 13 idosos

 

No âmbito da terceira fase do projecto Viva Idosos, financiado pelo Ministério da Família e Inclusão Social, 13 idosos dos bairros de Vila Nova, Safende, Achadinha Pires, Pota d´Água e Achada Sao Filipe receberam hoje sábado, 10 as suas refeições quente.

Uma alimentação saudável é importante em qualquer fase da vida e se torna ainda mais necessária quando chegamos à terceira idade, pois nessa etapa, o organismo carece de algumas vitaminas e nutrientes essenciais para a saúde.

Além da carência de vitaminas, com o avanço da idade o organismo se torna mais lento e muitas vezes, desequilibrado.

É neste sentido que o projecto incluiu a entrega de refeições para também reforçar a alimentação dos idosos uma vez que parte destes demonstram uma certa carência alimentar, que se agravou com a pandemia.


“Cuidar da pessoa idosa é cuidar da nossa história” é o lema para esta fase do projecto, cujas actividades têm decorrido com restrições impostas pela pandemia da covid-19.

O projecto Viva Idosos é financiado pelo Ministério da Família e Inclusão Social e contempla 50 idosos dos bairros de Safende, Achada São Filipe, Calabaceira, Achadinha Pires, Achada Mato, Vila Nova e Ponta d´Água, todos na Cidade da Praia.

Confira aqui:

Como os alimentos podem prevenir o aparecimento de doenças crónicas?

Segundo trechos retirados do blogue “Gillion”, o consumo de alimentos processados e industrializados contribui para o aparecimento de doenças como hipertensão e problemas cardíacos.

Isso porque esse tipo de alimento é pobre em nutrientes e ricos em sódio, corantes e estabilizantes, que são utilizados para dar cor e conservar o sabor da comida por mais tempo.

Esses ingredientes não são nada benéficos para a saúde do ser humano, principalmente para aqueles que já passaram dos 50 anos.

Nessa fase, é importante adoptar uma alimentação rica em vitaminas e nutrientes, pois ajuda a manter ossos e músculos fortes, além de deixar a memória afiada.

Alimentos integrais, por exemplo, são fundamentais para a prevenção de doenças crónicas.

CS

 

terça-feira, 16 de março de 2021

História da viagem dos cabo-verdianos á São Tomé marca encontro com idosos em Alto Safende


Mais de uma dezena de idosos participaram neste sábado, dia 13, num encontro que se realizou com a equipa Viva Idosos frente a centro multiuso em Alto Safende. A presença do "barco de sperança" construído recentemente este local norteou a conversa com os idosos que contaram e recordaram a emigração dos cabo-verdianos á São Tomé e Príncipe.

O não reconhecimento da contribuição dos emigrantes para a construção da nação saotomense e as dificuldades encontradas depois da independência é um tema pouco ou nada abordado.

Na sequência do arranque da terceira fase do projecto Viva Idosos os participantes reflectiram sobre pedaços de suas histórias, de suas origens, a viagem para São Tomé, a chuva constante, o trabalho e as cicatrizes em "tempo de branco ".

O encontro teve inicio com habitual oração, onde os idoso agradeceram pela retomado projecto e rezaram pelo fim da pandemia da Covid 19 que infelizmente tem trazido consequências enfáticas sobretudo nesta idade.


A psicóloga Vitória Monteiro avaliou a situação dos idosos e concluiu que durante a fase da pandemia os idosos conviveram com o medo, insegurança, ansiedade, situações que segunda a profissional de saúde devem ser dado um tratamento especial e urgente no sentido de proteger esta camada e precaver situações não desejadas.

Realçou ainda que muitos idosos não têm estado a cuidar da saúde neurológicas e chama atenção dos familiares de forma a estarem mais atentos aos sinais.

O projecto Viva Idosos é uma iniciativa do Movimento Jovens pela Paz, financiado pelo Ministério da Família e Inclusão Social pela terceira vez consecutiva. O obejctivo é promover e valorizar o potencial idoso, incentivar e consciencializar a sociedade a cuidar da terceira idade, como património, biblioteca humana.

Por Cláudia Santos

domingo, 7 de março de 2021

Idosos animam arranque da 3ª fase do Projecto Viva Idosos

Foi com o lema “Cuidar dos Idosos é cuidar da nossa história” que se deu inicio neste sábado, 06, á terceira fase do projecto Viva Idosos, iniciativa do Movimento Jovens pela Paz financiada pelo Ministério da Família e Inclusão Social.

O referido projecto contempla cerca de 50 idosos dos bairros de São Filipe, Achadinha Pires, Ponta d´Agua, Calabaceira, Safende, Achada Mato e Vila Nova todos na cidade da Praia. Tendo em conta a pandemia da Covid 19 as actividades têm-se decorrido com restrições e respeitando todas as normas sanitárias.

No primeiro dia de actividade nesta fase, participaram apenas cerca de duas dezenas de idosos dos bairros São Filipe e Achadinha.


Quem disse que os idosos não vibram ou não têm força para animar os jovens? Foi com muita alegria, vibração e entusiasmo que os participantes receberam a equipa contradizendo a teoria que nesta fase da idade o melhor é sentar e esperar que o tempo passe.

Através de algumas técnicas, a psicóloga Vitória Monteiro avaliou o estado emocional dos participantes e reforçou algumas informações relevantes tendo em conta o novo contexto da pandemia da Covid 19.

Reunidos na Praça de São Filipe, respeitando sempre o distanciamento, munidos de máscaras e álcool gel os idosos animaram, cantaram e “pilaram”o batuco levando ao rubro o restante do grupo. 

Os idosos mostraram-se satisfeitos com a retoma do projecto após três meses paralisado. “Gostaria que esses encontros fossem todos os dias, assim não ficaria sozinha e me divertia muito. Quando venho cá lembro me a minha mocidade quando eu bailava e encontrava-me com as amigas”, disse Teresa Mendonça carinhosamente conhecida por “Dona Zita”de 90 anos, residente em Achadinha Pires.

Ambrosina de Achada São Filipe que aparentava feliz acredita que apesar da pandemia os idosos não podem ficar parados desde que se auto-protejam. “Eu me diverti muito e fiquei sabendo de algumas informações que também vou transmitir aos meus filhos e netos”.

Por Cláudia Santos

domingo, 3 de janeiro de 2021

Projecto Viva Idosos entrega 55 cabazes de Natal


O Movimento Jovens pela Paz através do projecto Viva Idosos realizou no passado dia 23 de Dezembro a entrega de cinquenta e cinco cabazes de Natal. Num ano particularmente difícil, a iniciativa pretendeu proporcionar um Natal mais digno aos idosos, grupo mais afectado pelos efeitos da pandemia.

Como é habitual na quadra natalícia, o projecto Viva Idosos comemora de a data com o tradicional almoço convívio, mas este ano excepcionalmente atendendo a situação da pandemia da Covid 19 e preservando a saúde dos beneficiários optou-se pela entrega de um cabaz de Natal.

Foram distribuídos 55 cabazes com bens alimentares. O cabaz de Natal foi pensado para a ceia de Natal em que o amor tinha de estar presente mas também foi contemplado com outros géneros alimentícios do dia-a-dia como arroz, feijão, batata, cenoura, óleo, bolachas, sal, alho, entre outros assim como alimentos para reconfortar a alma como o bolo.

Num ano particularmente difícil para todos, sobretudo para aqueles que mais sofrem e sentem a solidão e a distância, é importante a demonstração de “solidariedade” e “compromisso social” para os idosos.

Viva Idosos é um projecto social promovido pelo Movimento Jovens pela Paz, financiado pelo Ministério da Família e Inclusão Social. A iniciativa conta com masi de cinquenta  beneficiários dos bairros de Calabaceira, Safende, Ponta d´Agua, São Filipe, Achadinha Pires, Vila Nova e Achada Mato, todos no município da Praia.

Por Cláudia Santos